terça-feira, 15 de maio de 2012

Assinatura de periódicos está insustentável, diz Universidade de Harvard

A partir da notícia abaixo veiculada na Folha de São Paulo podemos dizer que a preocupação da Universidade de Harvard  com os altos custos de assinatura dos periódicos conta ponto para o movimento mundial de acesso aberto. Veja abaixo a recomendação da Harvard aos seus pesquisadores em relação á publicação de artigos:
Harvard, considerada uma das melhores universidades do mundo, está incentivando seus pesquisadores a publicar artigos em periódicos de acesso aberto. A instituição emitiu um comunicado aos seus mais de dois mil cientistas pedindo que considerem publicar seus trabalhos nas revistas acessíveis de graça na internet. O comunicado também pede que os pesquisadores, caso publiquem em revistas de acesso pago, garantam que os trabalhos fiquem disponíveis na internet em sites ou blogs – e que incentivem os colegas a fazer o mesmo. De acordo com Harvard, a conta de assinatura dos periódicos está "insustentável" – mesmo para uma instituição com orçamento anual de US$6 bilhões. A universidade gasta US$3,5 milhões por ano para garantir o acesso aos principais periódicos científicos do mundo. As publicações de maior impacto hoje, ou seja, as que são mais citadas pelos cientistas, cobram assinaturas anuais que chegam a custar US$40 mil. Algumas, no entanto, permitem que os autores disponibilizem seus trabalhos na internet. Já as revistas de acesso aberto cobram para publicar os trabalhos aprovados (média de US$1.500 por artigo), mas deixam todo o conteúdo disponível gratuitamente. O movimento de Harvard vem na onda de um boicote internacional de cientistas à editora Elsevier devido ao valor da assinatura de periódicos como o The Lancet. Mais de dez mil cientistas já se comprometeram a não enviar trabalhos a revistas da Elsevier. No Brasil, quem paga a conta do acesso aos periódicos é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Em 2011, a Capes gastou R$133 milhões para que 326 instituições do país acessassem mais de 31 mil revistas científicas.
Fonte(s): Folha de S. Paulo




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