segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bibliotecário: 46º melhor emprego

Classificação elaborada pelo Wall Street Journal mostra que, num grupo de 200 profissões, o bibliotecário é o 46º melhor emprego dos Estados Unidos. Nessa lista a nossa profissão ficou, por exemplo, na frente de juiz (63º), escritor (74º) e dentista (97º).
 
A classificação adotou os seguintes critérios: 
remuneração, ambiente de trabalho, estresse, esforço físico e perspectivas de emprego.


Quer ver o texto completo? É só clicar aqui:


Fonte:Blog:  Biblioteca do Bibliotecário de Murilo Cunha
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Próxima aula (03/03/10) - Discussão s/Serviço de referência! ! !

Pessoal

O primeiro grupo já fez  a postagem da tarefa aqui no Blog. Nós vamos discutir o material, com a participação de cada grupo em nossa próxima  aula, no dia 03/03/11.  Não deixe de dar a sua contribuição, pois o processo todo é pura aprendizagem. Até quinta-feira, então.

Célia
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Serviço de Referência(Natália,Cleidiane e Kênia)

É o serviço ou departamento ao qual cabe a tarefa de orientar o leitor no uso de uma biblioteca, arquivo ou serviço de documentação e no aproveitamento dos recursos que podem ser proporcionados pelo acervo existente no próprio local.O serviço de referência é o processo de comunicação que tem como objetivo identificar as necessidades informacionais dos usuários, destina-se a dar apoio aos usuários para o uso e exploração dos recursos de informação impressos, eletrônicos ou virtuais Considerado uma atividade-fim da biblioteca, visa facilitar e otimizar a procura da informação, expondo o trabalho da biblioteca e do bibliotecário, gerando o reconhecimento e a satisfação do usuário. Para Whitaker (1995):
a finalidade do serviço de referência e informação é permitir que as informações fluam eficientemente entre as fontes de informação e quem precisa de informações. Sem que o bibliotecário aproxime a fonte do usuário, esse fluxo jamais existirá ou só existirá de forma ineficiente.
O SRI visa também a outras funções: como: racionalização do tempo, localização/disponibilização dos suportes informacionais ,educação dos usuários,assistência direta e profissional,promover interação entre o usuário,divulgar os serviços oferecidos pela biblioteca,eventos e exposições,levantamento bibliográfico,pesquisa on-line do acervo bibliográfico,comutação bibliográfica,empréstimos entre bibliotecas.

O trabalho de referência, porém, é muito mais que uma técnica especializada ou uma habilidade profissional. Trata-se de uma atividade essencialmente humana que atende a uma das necessidades mais profundas da espécie, que é o anseio de conhecer e compreender ,com base no que foi anteriormente dito um serviço de referência terá de adequar os seus serviços ao público que pretende servir.como por exemplo disponibilizar,telefone,fax,impressora,scanner,fotocopiadora,internet.
O profissional que atua no serviço de referência,tem contato e diálogo permanentes com o público.Ele deve ser um profissional q transmita ao usuário a apresentação cuidada, a cortesia, a amabilidade, a capacidade de ouvir, o dinamismo, o bom senso, a paciência, a curiosidade intelectual, o gosto pelo trabalho de pesquisa e investigação e a capacidade de ensinar.

Devido à natureza da sua profissão o bibliotecário de referência encontra-se em
permanente interação com o público.
Os bibliotecários de referência são profissionais que atuam na linha de frente, como mediadores da informação, ou seja, no atendimento às necessidades de informação do usuários, que possuem conhecimentos sobre o perfil dos usuários, sobre as fontes de informação e sobre as principais estratégias de busca para obter a informação solicitada. (ROSTIROLLA 2006, p.18 apud SCHWEITZER,2008 p.4)
O processo de referência é o nome que se dá à sucessão de etapas através das quais o bibliotecário de referência procura obter rápida e pertinentemente as respostas para as perguntas colocadas pelos utilizadores. Este processo tem como ponto de partida uma necessidade de informação que é dada a conhecer ao bibliotecário e expande-se, eventualmente, pela entrevista de referência, passando necessariamente pela obtenção da resposta e finalizando com a sua entrega ao utilizador. Este é um processo complexo que resultará sempre na interação entre o utilizador, o bibliotecário de referência e as fontes de informação.

Feito por: Natália Rodrigues Silva,Cleidiane Regina Pinto,Kênia Aparecida Silva
3°Período de Biblioteconomia


REFERÊNCIAS
Disponível em:http<://www.scielo.org.pe/pdf/biblios/n28/a02n28.pdf> Acesso em:27 de fevereiro de 2011.
Disponível em:http://www.upf.tche.br/biblio/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=53Acesso em :27 de fevereiro de 2011.
Disponível em :Acesso em :27 de fevereiro de 2011.

Disponivel em :Acesso em :27 de fevereiro de 2011.
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A digitalização da biblioteca de Midlin

O guardião da biblioteca de Mindlin
Pedro Puntoni, historiador que frequentava a casa do bibliófilo, comanda projeto de digitalização do acervo e construção do prédio que abrigará os 40 mil volumes

Era julho de 2007. Pedro Puntoni havia acabado de ser nomeado diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, em instalação na Universidade de São Paulo (USP), e almoçava na casa do empresário e bibliófilo José Mindlin:
- Doutor José – dirigiu-se ao bibliófilo -, queria lhe dizer que me sinto muito honrado com o cargo, com tanta responsabilidade. E espero corresponder à altura.
- Pedro, nós vamos ajudá-lo – ele respondeu.  Sei que este é um peso enorme.
E naquele mesmo dia ficou acertado que Puntoni precisava “aprender a biblioteca”:
- Você tem de conhecer toda ela – frisava Mindlin.

Trataram de selar um acordo. A partir disso, quinta-feira havia um programa sagrado para o novo diretor. “Era o dia da semana em que eu passei a ir cedo à casa dele e só sair de lá no fim do dia”, relata. “Quando o doutor José estava, conversávamos, ele me contava histórias sobre os livros, me pedia para ler algum poema.” Quando ficava sozinho, aproveitava para circular entre as estantes e conhecer um pouco daquele mundo que, aos poucos, também se tornava um pouquinho seu. “Não era uma coisa sistemática. Ele via o livro que despertava interesse nele na hora”, conta Cristina Antunes, que trabalha no acervo de Mindlin há três décadas.

Essas visitas semanais ocorreram até dezembro do ano passado. “No comecinho de janeiro, ainda passei lá para desejar feliz ano-novo ao doutor José”, afirma Puntoni, hoje com 43 anos. Foi a última vez em que eles se viram. Dias depois, o bibliófilo acabou hospitalizado. Em 28 de fevereiro, aos 95 anos, José Mindlin morreu.

Da casa para a USP
A biblioteca em questão, com 17 mil títulos – ou 40 mil volumes -, é o maior e mais relevante acervo originalmente particular de livros do Brasil. Mindlin começou a formá-lo aos 13 anos. “A ideia de transformar em algo público foi aventada pela primeira vez ainda nos anos 80″, lembra Puntoni. “Em 1999, doutor José manifestou, em carta, a intenção de doar os livros à universidade.” Sete anos mais tarde, finalmente, o ato foi oficializado: Mindlin legava à USP, de papel passado, sua preciosa Brasiliana.

Professor da mesma universidade, o historiador Pedro Puntoni entraria no projeto apenas no ano seguinte. Mas sua relação com Mindlin era mais antiga. “Em 1990, quando fazia meu mestrado, recorri ao doutor José porque só ele tinha uma coleção de revistas que eu precisava”, recorda-se. “Da primeira vez, ele me recebeu e fez uma verdadeira sabatina sobre meus estudos. Queria saber se eu realmente conhecia os livros e só então me liberou para frequentar a biblioteca.” Tornou-se assíduo, por anos. Até o fim do mestrado. Depois, durante todo o doutorado. “Era uma alegria quando ele, sempre gentil, me convidava para um café”, diz.

Sua primeira missão à frente da Brasiliana foi coordenar um ousado plano interdisciplinar – que envolve 40 professores da USP – de digitalização do acervo de Mindlin. Um scanner especial foi adquirido para isso e vem funcionando desde abril do ano passado. “Custou US$ 220 mil e tem capacidade para copiar 2,4 mil páginas por hora”, detalha o engenheiro eletrônico Edson Gomi, participante do projeto. Mil títulos já estão na internet e podem ser baixados, na íntegra, de graça. “Doutor José era um entusiasta da digitalização, pois acreditava que isso iria ampliar o acesso aos seus livros, sem deteriorá-los”, ressalta Puntoni.

O historiador também acompanha a construção do prédio – orçado em R$ 100 milhões e situado na própria Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste de São Paulo – que vai abrigar os 40 mil volumes da Brasiliana. Pelo cronograma, a obra deve ficar pronta no fim de 2011. Ali, além da biblioteca, funcionará o centro de digitalização e um ateliê de restauro de livros. Cultura escrita que deixaria doutor José orgulhoso.
(Matéria publicada no Caderno Cidades/Metrópole, do jornal O Estado de S. Paulo, na edição de 20/06/10)

Fonte: USP - universidade de São Paulo - Sala de Imprensa. 20/06/2010 ((•)) Ouça este post

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Livros gratuitos de grandes escritores brasileiros


Você tem interesse pelas obras de autores brasileiros famosos e outros  como a Divina Comèdia, músicas, obras literárias e científicas? Você pode ter acesso a estas publicações sem cometer o crime de pirataria. É com o objetivo de compartilhar todos estes livros e outras publicações que já cairam em domínio público que o Ministério da Educação mantém o  site domínio público para que estudantes, professores, pesquisadores e público em geral possa usufruir deste acervo totalmente gratuito. Entre   no site para conhecer o conteúdo que está disponível, fazer o  download e começar a leitura.



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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

2º Congresso Internacional do Livro Digital 2011

O 2º Congresso Internacional do Livro Digital, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que se realiza dias 26 e 27 de julho próximo, em São Paulo  promove uma  sessão de trabalhos científicos e acadêmicos. O objetivo é estimular a divulgação de pesquisas e trabalhos empíricos ou conceituais e inéditos sobre os temas: Novos Modelos de Negócios relacionados aos livros digitais;

Aspectos de usabilidade de leitores digitais (e-readers); Bibliotecas Digitais; Aspectos educacionais dos livros digitais; Direitos autorais e Copyright; Marketing do livro digital; Redes sociais e livros digitais;

O novo papel do editor; e outros trabalhos afins. Os autores dos trabalhos aceitos para apresentação na sessão receberão a inscrição para a participação no congresso (uma inscrição por trabalho) e terão seus trabalhos publicados no site do evento.

Os dois melhores trabalhos apresentados receberão fast track para publicação na Rege – Revista de Gestão da USP.  O trabalho vencedor recebe prêmio de R$ 1000 e o segundo colocado R$ 500 (valores brutos).

Os coordenadores desta sessão do Congresso serão o Professor Cesar Alexandre de Souza (FEA/USP) e Daniel Pinsky (Comissão do Livro Digital/CBL). 
Fonte:Bib_virtual
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Livros digitais disponíveis para acesso gratuito

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP - PROPG - e a Fundação Editora da UNESP lançaram uma coleção de 44 livros digitais, fruto do conhecimento produzido nas universidades públicas.  A Coleção contém diversos títulos disponíveis para download. A Editora solicita o cadastro para ter  o acesso ao donwload gratuito das publicações. Para a nossa área sugiro o  título  A indexação de livros: a percepção de catalogadores e usuários de bibliotecas universitárias que tem a professora doutora Mariângela Spotti Lopes Fujita como organizadora. Veja quais são os outros títulos disponíveis de várias áreas no site da Cultura Acadêmica Editora
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E-book,livro digital: o que quer dizer?

Termo de origem inglesa, e-Book é uma abreviação para “electronic book”, ou livro eletrônico: trata-se de uma obra com o mesmo conteúdo da versão impressa, com a exceção de ser, por óbvio, uma mídia digital.
 

Apesar de ardorosamente criticados por extremistas – que acreditam que um livro jamais deveria ser substituído por um e-Book –, o modelo eletrônico tem suas vantagens. Portabilidade é uma de suas principais características: uma obra chinesa pode ser adquirida no Brasil, e em questão de segundos.

Quando o assunto é facilidade de transporte, então, nem se fala: enquanto milhares de e-Books podem ser levados para cima e para baixo com o uso de um dispositivo móvel (como um pendrive), carregar dois livros simultaneamente é complicado.

O preço é outro atributo a ser levado em consideração, já que e-Books, devido à sua facilidade de divulgação e ao seu baixo custo de produção, normalmente saem muito mais baratos que modelos impressos. E por falar em impressão, vale a pena salientar: se você preferir ler sentado confortavelmente em sua poltrona, pode imprimir o e-Book.

Os formatos em que essas obras são encontradas variam, sendo que os mais tradicionais são .pdf, .doc, .odt, .txt, .lit e .opf; devido a essa variedade de extensões, foram desenvolvidos programas específicos para a leitura de e-Books – softwares que são capazes de reconhecer todos esses formatos e apresentá-los em forma de texto. Se estiver procurando por um aplicativo do gênero, temos vários à disposição aqui na Intenet.
Vantagens em relação ao livro tradicional
A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente transportados em disquetes, CD-ROMs, pen-drives e cartões de memória.
Como se encontra no formato digital, pode ser transmitido rapidamente por meio da Internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu ebook.
Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem softwares capazes de os ler, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando audiobooks.
O E-book foi inventado em 1971, quando Michael Hart digitou a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Hart foi também o fundador do Projeto Gutenberg, o mais antigo produtor de livros electrónicos do mundo.
1971: Michael Hart lidera o projecto Gutenberg que procura digitalizar livros e oferece-los gratuitamente.
1993: Zahur Klemath Zapata registra o primero programa de livros digitais. Digital Book v.1, DBF.
1993: Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey.
1995: Amazon começa a vender livros através da Internet.
1996: O projecto Gutenberg alcança os 1.000 livros digitalizados. A meta é um milhão.
1998: São lançados ao mercado os leitores de livros electrónicos: Rocket ebook e Softbook.
1998-1999: Surgem sítios na Internet que vendem livros electrónicos, como eReader.com e eReads.com.
2000: Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser lído em comutadores.
2002: Os editoriais Random House y HarperCollins começan a vender versões electrónicas dos seus títulos na Internet.
2005: Amazon compra Mobipocket na sua estratégia sobre o livro electrónico.
2006: Acordo entre Google en a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar 2 milhões de títulos.
2006: Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia da tinta electrónica
2007: Amazon lança o Kindle.
2008: Adobe e Sony fazem compativéis suas tecnologias de livros electrónicos (Leitor e DRM).
2008: Sony lança seu PRS-505.
2009: Barnes &amp; Noble lança o Nook.
2010: Apple lança o iPad.
Direitos autorais
Assim como um livro tradicional, o livro digital é protegido pelas leis de direitos autorais. Isso significa que eles não podem ser alterados, plagiados, distribuídos ou comercializados de nenhuma forma, sem a expressa autorização de seu autor. No caso dos livros digitais gratuitos, devem ser observadas as regras e leis que regem as obras de domínio público ou registros de códigos abertos para distribuição livre.

Veja os vídeos que apresentam o O que é livro digital
Fonte: Texto: InterCriar E-books/ Vídeos: Google vídeos ((•)) Ouça este post

Metamorfose para o livro digital 2.0

fonte da imagem: Wol Brasil - Blog world Online
RAQUEL COZER - O Estado de S.Paulo
Desde janeiro, editores e designers da paulistana Bei convivem com um corpo estranho para o ambiente de trabalho ao qual estavam habituados. A mais recente contratação da casa, especializada em títulos de arte, culinária e turismo, foi a de um cinegrafista, Marco Aslam. A existência na editora de um funcionário fixo responsável pela produção de vídeos, algo inimaginável anos atrás, reflete uma evolução do mercado que, com a chegada de tablets (computadores portáteis) como o iPad e o Galaxy, começa a ganhar força no Brasil.

Trata-se dos enhanced e-books (livros digitais aprimorados) ou, como preferem alguns editores por aqui, e-books 2.0, capazes de oferecer recursos interativos como áudio, vídeo, foto e animação. No limiar entre o livro e alguma coisa tecnológica demais para ser aceita como tal pelos mais tradicionais (na verdade, recebem o nome de aplicativos), essas publicações eletrônicas ganharam no segundo semestre do ano passado suas primeiras versões nacionais, por editoras como a Bei, a Saraiva e a Globo - a pioneira, com uma versão lite de A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, disponibilizada de graça desde agosto na loja da Apple. Vários outros projetos estão em andamento em casas como a Peirópolis, que prepara quadrinhos e obras infantis, e a Ediouro, que aposta nos recursos para obras de não ficção.

Assim como aconteceu com os e-books para Kindle e outros leitores eletrônicos do gênero, as editoras que começam a entrar nesse filão o fazem mais por precaução do que qualquer outra coisa. Não se espera nenhum fenômeno de vendas, mas o que não dá é para correr o risco de ficar para trás. O discurso, com variações mínimas entre editores, é resumido por Renata Borges, diretora da Peirópolis, que desenvolve quatro projetos de livros animados ou interativos: "Estamos trabalhando com um modelo de negócios que ninguém conhece ainda muito bem. Não tem retorno garantido, até porque nem os e-books só de texto têm números representativos no Brasil, mas é melhor estar preparado para o que vier." O que pode vir desse formato será um dos temas centrais, por exemplo, da próxima Feira de Bologna (Itália), a mais importante do mundo na área de infantis e juvenis.

E não é um investimento baixo. Um dos projetos mais simples em desenvolvimento pelo Grupo Ediouro, a versão em aplicativo da biografia de Lobão, 50 Anos a Mil (que terá apenas áudio e vídeos além do texto digital), sairá por algo em torno de R$ 25 mil. Quando estiver pronto, em março ou abril, o livro para iPad custará entre R$ 25 e R$ 30, enquanto a versão impressa está sendo vendida a R$ 59,90. "A expectativa de retorno não é alta. O importante agora é oferecer um produto multiplataforma para mostrar o que a editora é capaz de fazer", diz Alexandre Mathias, diretor-executivo da área de livros do grupo.

Os trabalhos são realizados pela Singular, braço digital da Ediouro, que atualmente centra esforços no aplicativo de 1822, de Laurentino Gomes. A versão para iPad incluirá o áudio de Pedro Bial (já gravado e à venda) e também ilustrações e mapas pelos quais o leitor poderá "percorrer" o caminho feito por d. Pedro I até anunciar a Independência do Brasil às margens do Ipiranga. "No aplicativo será possível, por exemplo, clicar numa pintura e ver em que museu a tela está disponível hoje", explica Newton Neto, diretor da Singular. O modelo desse livro, cuja produção envolve o trabalho de 12 pessoas, incluindo produtor, diretor e roteirista, servirá de base para todos os próximos a serem lançados pelo grupo. A previsão é que até dezembro saiam dez títulos, com destaque para o novo de Luiz Eduardo Soares, autor do livro que inspirou o filme Tropa de Elite.

Editoras focadas em literatura adulta não têm pressa em ingressar nesse formato por uma razão simples - do que se viu até agora de lançamentos no exterior, o gênero é o que apresenta menos possibilidades de exploração multimídia. Pelas alternativa no uso de imagens em movimento, são os livros de arte, quadrinhos e infantis que lideram essa investida. A Bei, por exemplo, tem muito material arquivado de livros já publicados que poderá ser aproveitado nas edições para tablet. Entre seus próximos lançamentos para iPad estão Ricardo Legorreta - Sonhos Construídos e Oscar Niemeyer - Uma Arquitetura da Sedução, cuja produção para papel precisou deixar de lado material precioso: longas entrevistas em vídeo com os arquitetos. No entanto, a editora optou por um título inédito para entrar nesse mercado. Lançado em dezembro em papel e para iPad, Fernando de Noronha 3º50"S 32º24"W teve mil exemplares vendidos na versão impressa e 60 na loja da Apple. "O curioso é que, mesmo lançado só em português, o livro para iPad teve boa parte de suas vendas fora do País, já que é uma obra muito focada nas imagens", diz Tomas Alvim, diretor editorial da Bei. Para ampliar o público, próximos títulos sairão também em inglês.

O idioma é só um dos entraves na dimensão das vendas para tablets. Renata Borges, da Peirópolis, destaca a dificuldade de criar para os diferentes tipos de plataformas. Por critérios de padronização, um livro criado para iPad não roda num Galaxy - os dois tablets têm inclusive tamanhos diferentes. As lojas nacionais de livros eletrônicos, como a Gato Sabido e a da Livraria Saraiva, também não suportam conteúdo animado. "Comercializar aplicativos é um plano, mas não a custo prazo", informa a Saraiva aos interessados. Um problema e tanto para a Peirópolis, que, ainda neste mês, pretende lançar o aplicativo de Cresh!, de Caco Galhardo, e, em maio, Meu Tio Lobisomen, de Manu Maltez
 
Nesse universo ainda a explorar, editores têm mais uma razão para investir nos projetos multimídia: no meio deste ano, deve ser apresentado a versão 3.0 do ePub, o formato padrão dos e-books, o que permitirá livros multimídia até nos aparelhos que hoje só permitem a leitura de texto.
 RAQUEL COZER - O Estado de S.Paulo
Fonte: Estadão http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110212/not_imp678500,0.php , 25/02/11
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Agora você pode fazer passeios virtuais pelos museus

 Para quem gosta de arte, o Google lançou, no início do mês, a ferramenta Art Project  que permite ao internauta fazer passeios virtuais pelos principais museus do mundo.
Graças ao mesmo mecanismo usado no Street View – recurso de busca que disponibiliza imagens panorâmicas de ruas de países como Estados Unidos, Japão e Brasil –, é possível visitar as galerias como se estivesse dentro delas, movimentando-se em todas as direções, com visão de 360 graus.

Cerca de 17 mil obras de 480 artistas podem ser vistas no computador. Elas pertencem a instituições como o Metropolitan Museum of Art, de Nova York (EUA); Museu Van Gogh, de Amsterdã (Holanda); Palácio de Versalhes, de Versalhes (França); e National Gallery, de Londres (Inglaterra).

Até o momento, são 17 museus de 11 cidades, em nove países. Segundo o Google, mais galerias serão incluídas. A ferramenta surgiu como parte da campanha Projetos 20%, que incentiva o funcionário do Google a dedicar um quinto de sua jornada a pensar em iniciativas que possam se tornar produtos.

AMPLICAÇÃO A equipe responsável passou 18 meses fotografando e catalogando os espaços dos museus e as coleções. Cada imagem tem 7 bilhões de pixels (a câmera digital comum tem, em média, 10 mil pixels). Isso faz com que o internauta consiga ampliar detalhes das obras. Em alguns quadros, como O quarto, de Van Gogh, é possível perceber as pinceladas do artista e, até mesmo, pequenas fissuras na tela. No link Create an Artwork Collection, o internauta pode incluir as obras de que mais gosta em sua própria coleção de arte, além de comentá-las e compartilhá-las nas redes sociais Quer fazer um passeio?Clica aqui!!!

Fonte: www.uai. com.br
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oportunidades

 Veja abaixo a relação de Concursos para bibliotecários no Estado de Santa Catarina, Bahia e São Paulo:


[17/02/2011] Prefeitura de Chapecó - SC
Inscrições: de 21 de fevereiro a 31 de março de 2011
Remuneração: R$ 2.227,75
Vagas: 01
Taxa: R$ 130,00
Carga horária: 40 horas semanais
Data prevista para a prova: 01/05/2011
[17/02/2011] Prefeitura de Tijucas - SC
Inscrições: 14 de janeiro a 15 de março de 2011
Remuneração: R$ 1.850,00
Vagas: 01
Taxa: R$ 100,00
Carga horária: 40 horas semanais
Data prevista para a prova: 03/04/2011


[15/02/2011] Prefeitura de Cananéia - SP
Inscrições: até 20 de fevereiro de 2011
Remuneração: R$ 1.669,50
Vagas: 01
Carga horária: 40 horas semanais
Taxa: R$ 50,00
Data prevista para a prova: 13/03/2011

[14/02/2011] Câmara de Salvador - BA
Inscrições: 05 de fevereiro a 22 de março de 2011
Remuneração: R$ 2.157,29
Vagas: 01
Taxa: R$ 40,00
Data prevista para a prova: 01/05/2011


[08/02/2011] Prefeitura de Alumínio - SP
Inscrições: 31 de janeiro a 28 de fevereiro de 2011
Remuneração: R$ 1.432,75 (30 h.)
Vagas: 01
Taxa: R$ 70,00
Data prevista para a prova: 27/03/2011

[03/02/2011] UNESP - Universidade Estadual Paulista - (Diversos Campi)
Inscrições: 26 de janeiro a 18 de fevereiro de 2011
Remuneração: R$ 2.914,11
Vagas: 0 (01 Assis, 01 Franca; 01 Jaboticabal; 01 Litoral)
Taxa: R$ 41,00
Data prevista para a prova: 17/04/2011

[19/01/2011] Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia - CREMEB
Inscrições: 17 de janeiro a 28 de fevereiro de 2011
Remuneração: R$ 2.286,69
Vagas: Cadastro de reservas
Taxa: R$ 50,00
Data prevista para a prova: 20/03/2011

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Tarefa para o 3º período (fontes gerais de informação) - Serviço de Referência. Vamos discutir em 03/03/11! ! !

Pesquisar publicações (artigos, livros, capítulos de dissertações, etc.) nas fontes de informação, inclusive as disponíveis neste blog que tratam sobre o Serviço de Referência: ( o que é,  objetivos,o processo de referência e perfil do bibliotecário). Ler o material, formular uma questão, relatar o passo a passo (dificuldades/facilidades) de como vocês fizeram a pesquisa, fonte consultada  e postar no Blog, usar o título:Serviço de Referência. Se a publicação for eletrônica, não esquecer de colocar o link no texto da sua mensagem. Se for impresso, levar o material para sala de aula junto com a sua referência completa. Pode ser feito em grupo de 3 alunos e vocês podem usar o espaço Comentário desta notícia para postar  o passo a passo.  Vocês têm até o dia 01/03 para fazer a postagem.

Bom trabalho!!!!  
Célia
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Conselho Regional de Biblioteconomia - CRB-6

Registro Profissional do bibliotecário

Para exercer a profissão de bibliotecário, os formandos devem solicitar o registro no Conselho Regional de Biblioteconomia. O exercício profissional sem registro, bem como sem o pagamento da anuidade, implica em caracterização do exercício ilegal da profissão, nos termos do art. 26 da Lei n° 4.084/62 do art. 4º e incisos, do Decreto 56.725/65 e do Código de Ética Profissional.

O registro pode ser principal ou secundário. Como principal entende-se o correspondente à jurisdição do CRB-6, sede da principal atividade exercida pelo profissional. E como Secundário àquele a que está obrigado o profissional que exerce a profissão, comprovada e concomitantemente na jurisdição de outro Conselho Regional. 

Além de informações sobre o registro profissional outras como carreira, notícias(vagas de empregos), legislação, informação institucional entre outras podem ser encontradas no site do CRB-6.  Veja mais informações em: Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª região
Fonte: CRB-6
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Biblioteca virtual nas áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação

O site foi desenvolvido em 1998 pelo departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Santa Catarina pelas Professoras Ursula Blattmann  e  Gleisy Regina Bóries Fachin.

Está organizada nas seguintes categorias:  
Associações e Entidades  Associações, Entidades, Legislação
Bibliotecas  Bibliotecas Virtuais, Bibliotecas Nacionais, Bibliotecas Públicas,  Bibliotecas em Santa Catarina,  Bibliotecas Escolares
Educação  Escolas e cursos, Escolas e cursos: pós-graduaçãoCursos: educação continuada, EventosSites escolares, Tutoriais na Internet
Ferramentas  Sites de BuscaHardwares,  Softwares
Fontes  Anais,   ArtigosAtlasBases de dados,  BibliografiasDicionários, Filmes, Índices   LivrosPeriódicos, Referência
Listas de discussões  Diretórios de listas de discussões,  Listas de discussões - Brasil
Processo Técnico   Catalogação,  CitaçãoClassificação,  Indexação, Thesauros
Projetos/Programas  Institutos e Fundações de Pesquisa, Projetos, Programas 

Fonte: organização da informação do Departamento de Ciência da Informação, UFSC
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Editora UFMG ganha sede e anuncia lançamento de novos títulos


Editora UFMG, considerada a mais importante do segmento, com catálogo de 900 obras em vários campos do conhecimento, ganha sede e anuncia lançamento de novos títulos.

Os 10 mais vendidos da Editora UFMG

  1. Química na cabeça, de Alfredo Luís Mateus
  2. Um toque de clássicos, de Tânia Quintaneino, Maria Lígia de Oliveira Barbosa e Márcia G. Monteiro de Oliveira
  3. Manual de normalização, de Júnia Lessa França e Ana Cristina de Vasconcelos
  4. 100 poemas, de Carlos Drummond de Andrade
  5. Física mais que divertida, de Eduardo Campos Valadares
  6. Flor da morte, de Henriqueta Lisboa
  7. Da diáspora, de Stuat Hall
  8. O local da cultura, de Honi k.Bhabha
  9. Shenipabu,Comissão dos professores indígenas do Acre
  10. Soldagem,Paulo Vilani Marques, Paulo José Modenesi e Alexandre Queiroz Bracarense
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mestrado e doutorado em Ciência da Informação

Atenção bibliotecários estão abertas as inscrições para o processo seletivo para o Mestrado e doutorado em ciência da informação na UFMG para entrada no segundo semestre de 2011.Veja mais informações no site do Programa de Pós-Graduação da ECI/UFMG: http://ppgci.eci.ufmg.br/?Processo_Seletivo_2011
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Estrutura do Projeto de Pesquisa para o TCC curso de Biblioteconomia da UNIFORMG

A prof. Syrlei apresentou a estrutura que deve ser seguida pelos alunos do 5º período para a elaboração do Projeto de Pesquisa. Identificar  se o seu projeto é de Pesquisa  Descritiva ou de Pesquisa Bibliográfica. Veja o modelo abaixo:  
  
a) Estrutura do Projeto de Pesquisa Descritiva

Capa
Folha de rosto
Folha de rosto do Conselho Nacional de Saúde
Currículo Lattes da professora orientadora
Resumo com 150 palavras


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO – delimitação temática, cronológica e geográfica se houver;   problema em forma interrogativa, hipótese, expectativa do trabalho

2 JUSTIFICATIVA – de ordem teórica e prática

3 OBJETIVOS – geral e específicos

4 REFERENCIAL TEÓRICO – mínimo 5 folhas e 10 autores

5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Tipo de pesquisa – em relação aos objetivos, ao delineamento e à natureza
5.2 Caracterização do campo de estudo
5.3 Amostra
5.4 Considerações éticas
5.5 Instrumentos e procedimentos

6 RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E FINANCEIROS

7 CRONOGRAMA

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA – se houver citação de citação no texto

APÊNDICE A- Técnica de pesquisa

ANEXO A- Termo de Aceite de Orientação
ANEXO B- Termo de Intenção de Pesquisa
ANEXO C- Carta de Apresentação do Aluno
ANEXO D- Declaração de Aceite da Empresa / Instituição
ANEXO E- Carta de Ciência e Orientação
ANEXO F- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
ANEXO G- Declaração de Obrigatoriedade de Sigilo

Formulário de encaminhamento para o CEPH-UNIFOR-MG

b) Estrutura de Projeto de Pesquisa Bibliográfica

Capa
Folha de rosto

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO – delimitação temática, cronológica e geográfica se houver;   problema em forma interrogativa, hipótese, expectativa do trabalho

2 JUSTIFICATIVA – de ordem teórica e prática

3 OBJETIVOS – geral e específicos

4 REFERENCIAL TEÓRICO – mínimo 5 folhas e 10 autores

7 CRONOGRAMA

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA – se houver citação de citação no texto

ANEXO A- Termo de Aceite de Orientação



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Publicações Técnicas em Arquivologia

 O Arquivo Público do Estado de São Paulo possui em seu site uma relação de publicações técnicas de interesse para a Gestão de Documentos de Arquivos.  Faça uma visita ao site e veja as publicações que estão disponíveis. Recomendo os títulos do Projeto "Como Fazer" em parceria com a Associação de Arquivistas de São Paulo, no período de 1997 a 2006, veja alguns dos títulos disponíveis:
  • Como Avaliar Documentos de Arquivo v.1 de Ieda Pimenta Bernardes 
  • Como Classificar e Ordenar Documentos de Arquivo v.2 de Janice Gonçalves  
  • Como Implantar Arquivos Públicos Municipais v.3nde Helena Corrêa Machado e Ana Maria de Almeida Camargo 
  • Como Tratar Coleções de Fotografias v.4 Patrícia de Fillipi, Solange Ferraz de Lima 
  • Como Fazer Conservação Preventiva Em Arquivos e Bibliotecas v.5 Norma Cianflone Cassares Vânia Carneiro de Carvalho 
Fonte: Arquivo Público do Estado de São Paulo - SAESP
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Documentos históricos deixados em sacos de lixo são restaurados em SP

Especialistas tentam recuperar parte do acervo do Museu Maçônico, do Rio.Acervo conta a história da Ordem e também do Brasil Império.

Documentos que contam sobre a Maçonaria foram destruídos por traças, cupins e pela má conservação .
Há um ano, quando pisou no Museu Maçônico do Palácio do Lavradio, no Centro do Rio, com a incumbência de recuperar o acervo, o restaurador Tércio Gaudêncio não tinha ideia de que seu trabalho seria muito maior. Até hoje, ele revira os sacos de lixo onde foram despejados livros e documentos históricos. A maioria traz informações sobre a Maçonaria e o Brasil Império. Gaudêncio conta que, se não tivesse passado pelo depósito do prédio, não teria esbarrado naquele “tesouro”, que agora passa por restauro em São Paulo.
“Estava tudo em 251 sacos pretos de lixo de cem litros. Sem saber o que tinha dentro, fomos abrindo documento por documento e começamos a descobrir coisas fantásticas”, diz o restaurador em sua oficina, na Zona Sul da capital paulista. Entre os documentos recolhidos, o especialista, dono de uma empresa de restauração, aponta raridades. Ele calcula que trouxe em três caminhões para São Paulo cerca de 17 mil documentos, sete mil livros, 30 gravuras e 13 quadros.
Uma das raridades é um decreto do rei português D. João VI, datado de junho de 1823, com, entre outras, a seguinte ordem contra os maçons: "todas as sociedades secretas ficam suprimidas (...) e nunca mais poderão ser instauradas". No acervo, há ainda atas de reuniões da Maçonaria no século 19 e documentos sobre a proclamação da independência do Brasil.
Agora bem guardada em uma caixa está uma Bíblia, que, segundo Gaudêncio, é de 1555 e foi escrita em aramaico, grego antigo e latim medieval. “D. Pedro I ganhou quando se casou. Só existem três edições desta no mundo”, afirma ele sobre a raridade. A publicação ficava exposta aos visitantes em uma vitrine, o que não impediu o estrago. “Jogaram a capa original fora e colocaram outra com uma cola muito ruim”, conta Ruth Sprung Tarasan, uma das coordenadoras do trabalho de restauro.Irregularidades Marcos José da Silva, o grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil (ao qual estão subordinadas muitas lojas maçônicas no país), admitiu ao G1 que o prédio onde fica o museu não está em boas condições e sofre com infiltrações, cupim e mofo, entre outros problemas. Ele disse não saber por que parte do acervo estava em sacos de lixo e atribuiu à “falta de uma pessoa habilitada” o fato de o material ter sido acondicionado daquela maneira.
Ruth, Gaudêncio e Ana Maria mexem quadro que está sendo restaurado.“É desconhecimento, falta de uma pessoa habilitada. Durante muitos anos o acervo não teve a manutenção devida, verificamos em que estado ele estava e resolvemos enfrentar o desafio”, contou ele, sem revelar quem cuidava do museu e quanto custará o trabalho de restauro das peças e de reforma do prédio. A organização, que tem sede em Brasília, assumiu a direção do local em setembro de 2009.
Silva disse preferir acreditar que os livros e documentos históricos não iriam para o lixo. “Acredito que estavam ali para futura apreciação.” As obras começaram em março de 2010 e ele não deu previsão de término.
Por ser maçom e ter muita experiência no ramo, Gaudêncio assumiu a restauração de parte do acervo do Museu Maçônico, o primeiro da categoria na América do Sul. Enquanto ele se debruça sobre livros e papéis destruídos por traças, cupins e mofo, o prédio do museu na capital fluminense passa por reformas.
Parte do material que está sendo recuperada estava nos sacos plásticos pretos. “Ia tudo para o lixo. Dá para imaginar quanta pesquisa a gente podia fazer com isso?”, questiona Ruth, que também é historiadora. “Sou obrigado a ler os documentos e começo a cair de costas porque a história dos livros não é a mesma. Aqui, tenho os originais dos grandes maçons da época. E só quem é da Maçonaria pode mexer nisso”, ressalta Gaudêncio, entusiasmado com o trabalho que teve início em 2010 e que pretende entregar no segundo semestre deste ano.
O processo de restauração inclui encadernar os livros, recuperar o papel destruído e retocar a tinta das palavras. Para garantir a perpetuação do material, Gaudêncio e sua equipe digitalizam o que conseguem salvar. “Já temos 14 mil documentos digitalizados”, diz ele. O G1 esteve no escritório de Gaudêncio e viu quando a restauradora Ana Maria do Prado tentava recuperar a cor original de dois quadros: o do general Osório e do visconde de Sapucaí.“O desenho tem muito retoque. Muita gente mexeu; o verniz está oxidado”, revela Ana Maria, que põe na ponta do pincel uma tinta especial para restauradores. “Ela é reversível. Sai com qualquer solvente e não ataca a pintura original”, explica. “Hoje em dia, tudo tem que ser reversível. Não se sabe o que vamos achar daqui a 20 anos”, completa Ruth.De acordo com Luiz Alberto Chaves, integrante do Grande Oriente do Brasil em Brasília, o prédio do museu na Rua do Lavradio foi comprado em 1840 e passou por dois anos de reformas. Foi sede da Maçonaria até 1978, quando houve a transferência para Brasília.Maçonaria e a Independência Apesar de o imperador D. Pedro I ser da Maçonaria, para a professora de história Miriam Dolhnikoff, da Universidade de São Paulo (USP), ele não foi tão influenciado pelos maçons quando declarou a independência do Brasil em 1822. “A Maçonaria não teve toda essa importância no processo de independência. Ela era um espaço de debate político entre outros espaços”, explica Miriam.“Ele (D. Pedro I) foi maçom porque na época todos da elite eram”, completa a professora. Segundo ela, a Maçonaria defendia que o Brasil deixasse de ser colônia portuguesa, por isso, as críticas do rei D. João VI ao movimento.
Fonte:www.g1.com.br
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