quinta-feira, 7 de abril de 2011

Serviço de Referênica Virtual ( Nathane Saldanha e Samira Vidal )

As Tecnologias de Informação e Comunicação tem permitido às bibliotecas tradicionais oferecerem serviços no espaço virtual. Os catálogos de acesso público on-line (OPAC) foram um dos seus primeiros serviços virtuais, cuja utilização possibilita ao usuário pesquisar sobre uma determinada publicação, independente da localização física. Atualmente, podem ser identificados na Internet diversos serviços de referência digitais, mas cada um apresenta uma abordagem diferente no modo de aplicação das tecnologias, como serviços destinados a usuários remotos que utilizam o web site de uma biblioteca. Segundo Márdero Arellano (2001, p.2), “os serviços de referência digital via correio eletrônico surgiram nos Estados Unidos no final da década de 1980, ao mesmo tempo em que as bibliotecas começaram a colocar seus catálogos na Internet.” A disponibilização do serviço de referência digital, através de uma página da Internet, tem gerado uma nova demanda para as bibliotecas, que a partir de então, independente da localização geográfica de seus usuários, permite que o acessem, fornecendo facilidade de acesso à informação de forma rápida, com baixo custo, abrindo um novo horizonte para a pesquisa: busca e obtenção de informações de qualquer tipo.
No início de 2001, na Library of Congress houve o primeiro simpósio para discutir os conceitos e as implementações dos serviços de referência digitais. Nele o professor David Lankes, da Syracuse University’s School of Information Studies, apontou o status desses serviços. Ele citou um estudo no qual 97,3% das bibliotecas universitárias americanas já possuíam algum tipo de serviço de referência digital, definido como “mecanismo pelo qual as pessoas podem enviar perguntas e obter respostas através de e-mail, chat ou formato Web” (SAUNDERS, 2001, tradução nossa). Para Figueiredo (1999, p.86), os bibliotecários devem procurar trabalhar em equipe com especialistas de informática para a utilização adequada de tecnologias no desenvolvimento de softwares e sistemas on-line que sejam mais poderosos e de mais fácil uso não só para o próprio trabalho mas também, o que é mais importante, para os usuários.

Para Felipe (2001), existem dois tipos de serviços de referência virtual: o avançado, que proporciona a consulta a um especialista - geralmente um profissional da informação - e o serviço de referência virtual simples, que consiste em um web site indicando links de acesso gratuito na Internet, de maneira organizada, com categorias de enciclopédias, dicionários, periódicos eletrônicos etc. Segundo Figueiredo (1996, p. 95) os usuários não precisam ir à biblioteca central ou ao edifício principal para acessar o serviço de referência digital. Esse serviço é destinado aos usuários reais e potenciais da organização e que também oferece a oportunidade da inclusão de diversos tipos de usuários, tais como:
A pessoas que não podem ir à biblioteca devido às barreiras físicas (deficientes, enfermos, presos, pessoas isoladas na zona rural). [...] Pessoas que não se considerariam usuários de bibliotecas ou não pensariam em ir a uma biblioteca para buscar informação. Por exemplo: surdos, para os quais a biblioteca prove acomodações onde podem receber informações via teletipo; para os cegos e isolados há a remessa de material pelo correio; para os isolados, em casas de repouso ou em centros comunitários, a biblioteca manda programas audiovisuais e educacionais.
Cunha (2000), comenta que no futuro do serviço de referência eletrônica existirá um programa de computador, denominado “agente inteligente”, que terá como objetivo executar funções como: extrair palavras-chave da expressão de busca elaborada pelo usuário remoto, adicionará sinônimos, organizará o resultado em uma estrutura hierárquica e enviará o resultado preliminar para o usuário. Este poderá fazer alterações e adicionar novos parâmetros, por exemplo, o período coberto e o tipo de documento. Atividades estas, hoje desenvolvidas pelo bibliotecário de referência.
À medida que a biblioteca caminha para a era digital, a mudança será inevitável, indo muito mais do que a oferta de livros eletrônicos. A missão e a existência da biblioteca universitária estão sendo questionadas. Se o serviço de auto-atendimento prevalecer, então o papel do bibliotecário deve mudar e suas interfaces com os usuários devem acompanhar essas alterações. O problema é que nessas mudanças existem inúmeras questões culturais, tecnológicas e comerciais, mas o principal fio condutor delas deve ser a redução dos custos da biblioteca e o aumento da qualidade dos serviços e produtos disponíveis a usuários locais e remotos. Portanto, a busca por qualidade, por entrega mais rápida ao usuário do documento e/ou informação e da sustentabilidade, possivelmente serão os grandes desafios a serem enfrentados pelas bibliotecas nos próximos anos.
Neste ponto vale a pena relembrar algumas das Cinco Leis da Biblioteconomia vistas em sala de aula elaboradas por Ranganathan, onde foi enfatizado o valor do tempo e a necessidade de poupar o tempo do usuário. Assim, cabe aqui o espírito da tripla injunção: “a cada livro o seu leitor”, “cada leitor o seu livro” e “poupe o tempo do leitor”.
Concluindo...


Como resposta da 4ª lei de Ranganathan ''poupe o tempo do seu leitor'', o serviço de referencia nos proporciona maior comodidade, pois atraves dele, o usuario nao precisa se deslocar para obter a informação desejada, pois este serviço oferece que isso seja feito via correio eletrônico, ou telefone, fax, etc...


Referência: http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/moreno_ps_me_mar.pdf ((•)) Ouça este post

10 comentários:

  1. Samira e Nathane
    interessante a abordagem do serviço de referência com o uso das tecnologias de informação e comunicação. É isto que caracteriza o serviço virtual de referência. Se vocês observarem é uma nova abordagem para um serviço que já era feito pelo bibliotecário, é um novo olhar para os serviços de referência e a ruptura total com as barreiras geográficas. Tudo isto nos alerta para a necessidade de nos inteirarmos sobre as tecnologias que permitem trabalhar desta forma. O que vocês acham?

    ResponderExcluir
  2. Claro que sim Célia, em virtude do crescimento e da popularidade da internet e da explosão de informações disponíveis em sites,e como futuros bibliotecarios devemos nos adptar com esse crescimento de forma que futuramente quando estivermos aptos usaremos esse recurso.

    Abraços

    ResponderExcluir
  3. Sem dúvida o avanço proporcionado pelas novas tecnologias ampliam as possibilidades de atução e serviços prestados pelos profissionais bibliotecários,cabe a nós nos inserirmos neste contexto e procurar inovar e aprender sempre mais!

    ResponderExcluir
  4. As novas tecnologias estão transformando a nossa sociedade. O bibliotecário atual e futuro deve ter consciência de que é um ser em contínuo desenvolvimento e aprendizagem, tanto na área profissional como pessoal. Saber utilizar os recursos eletrônicos é tornar-se um profissional seguro, apto e disposto a ensinar as vantagens dos meios tecnológicos aos seus usuários.
    Estamos neste processo de transformações e busca de conhecimentos, o blog é uma ótima ferramenta de interação.
    Bom trabalho meninas!!

    ResponderExcluir
  5. A transformação na informação já é fato, e é só dar uma olhada em volta para confirmar, os muitos exemplos de renovação nos OBRIGAM a acompanhar esse avanço, senão nossa principal função, que é a de disseminar a informação, ficará comprometida.

    ResponderExcluir
  6. Como é vital nos dias atuais estarmos conectados com o mundo e contamos com inúmeros serviços acessíveis aos nossos interesses e anseios pela informação em tempo real.É termos o essencial juntamente com os meios mais adequados, faciltando a nossa busca com mais eficiência, presteza e brevidade de tempo.è o avanço da tecnologia nos proporcionando as melhores formas de estarmos inteirados com o mundo.

    ResponderExcluir
  7. As tecnologias têm como pressuposto facilitar nossas vidas, e é indubitável que quando se trata de informação a tecnologia proporciona uma rapidez e facilidade que não seriam conseguidas manualmente. Acho que a tecnologia é coercitiva, nenhum profissional pode resistir à ela, até pode, porém se tornará um "profissional das cavernas" (cavernicus profissionalis).

    ResponderExcluir
  8. AS devidas mudanças tecnologicas busca atender seus usuários de forma mais ampla assim tornando muito mais prático a busca da informação.

    ResponderExcluir
  9. Na minha opinião o conhecimento é tudo, mas o conhecimento retido em um pequeno ambiente pode não ser aproveitado da melhor maneira possível. A globalização da informação, através da internet e suas ferramentas, expande as possibilidades para que o conhecimento renda frutos. É responsabilidade nossa, profissionais da informação acompanhar a evolução de todas essas ferramentas e estar sempre interados sobre as novas tecnologias para facilitar a disseminação da informação.

    ResponderExcluir
  10. Adorei o cavernicus profissionalis do André! o debate aqui está bom. É verdade, conhecimento retido não serve e a sociedade tem a expectativa de usar a tecnologia para compartilhar. Vale a pena lembrar que a tecnologia é importante, necessária e imprescindível como já disseram alguns. Mas, não se pode esquecer que conteúdo é fundamental. É por conteúdo que o "cliente" está esperando.

    ResponderExcluir