Síntese do artigo:Perfil do Profissional de Informação Tecnológica e empresarial.
A prestação de serviços de informação às empresas ganha outras dimensões a partir do novo paradigma que ora se impõe. Com a competitividade e a globalização, a informação torna-se imprescindível para a sobrevivência das empresas. Estas a utilizam por intermédio de sistemas públicos ou por meio de empresas comerciais prestadoras de serviços de informação, além, naturalmente, da informação disponibilizada dentro da própria empresa. As empresas de micro e pequeno portes necessitam das redes públicas de informação para melhorar suas performances; por outro lado, as médias e grandes empresas estimulam a criação de empresas privadas de informação, para atender a suas demandas; surgem, portanto, novas oportunidades de negócios e de empregos para os profissionais de informação tecnológica/empresarial.Com a globalização, podemos afirmar que se ampliam as oportunidades de negócios na área de prestação de serviços de informação para empresas/indústrias, bem como ampliam-se as oportunidades de negócios para as escolas que capacitam este tipo de profissional. No novo paradigma, a informação tecnológica e para negócios ganha nova dimensão. Concomitantemente, porém, aumenta a responsabilidade das escolas que irão capacitar o profissional que deverá atender a essa demanda por informação.A questão que se apresenta é a definição do perfil do profissional que deverá executar essa função. Se, por um lado, é grande o manancial de fontes de informação disponíveis on-line, facilmente acessíveis às empresas, por outro lado, faz-se necessário selecioná-las e recuperá-las, precisa e rapidamente, de forma menos custosa. Conclui-se que nos sistemas públicos de informação, há predominância masculina em detrimento da feminina, entretanto sem desequilíbrios exacerbados; a escolaridade apresentou índices de 100% referentes ao segundo grau completo e 85,4% quanto ao terceiro grau, curso superior; apresenta-se baixa quanto ao nível de pós-graduação, evidenciando a necessidade de maiores investimentos em capacitação de recursos humanos por parte dos próprios sistemas públicos de informação para indústria/empresa e por parte das políticas de informação, de ciência e tecnologia e industrial. Um total de 29,7% dos respondentes cursaram especialização, entretanto torna-se insignificante a porcentagem de mestres e doutores na área, respectivamente 0,3% e 0,7%. Estes números indicam uma oportunidade de negócios para as escolas responsáveis pela capacitação de profissionais de informação para indústria/empresa. Existe uma demanda potencial por programas de mestrado e doutorado e outra ainda ampla para cursos de especialização - há de se criar ao menos um programa de especialização por região e um por estado, nas regiões Sul e Sudeste (Montalli, 1994). No momento, apenas a Universidade Federal de Minas Gerais oferece especialização, mestrado e o doutorado em implementação, nessa área. Sugerem-se maiores investimentos por parte dos dirigentes dos sistemas públicos de informação para empresa/indústria, quanto ao planejamento da capacitação de recursos humanos, aos que elaboram as políticas públicas, investimentos específicos para a área. As mudanças características do atual paradigma requerem flexibilidade dos coordenadores dos cursos e capacidade de resposta rápida às demandas identificadas e oportunidades de negócios delas decorrentes.
MONTALLI, Katia M. Lemos. Perfil do Profissional de Informação Tecnológica e empresarial. Ciência da Informação. vol.26, Brasília, set./dez. 1997.
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